01 outubro 2011

Por que não lembramos de quando éramos bebês?

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É consenso entre os especialistas que os primeiros anos de vida são fundamentais na formação de cada indivíduo, mas apesar da importância que eles têm, não é possível lembrar do que vivemos antes de completar 30 meses, ou dois anos e meio de idade. Ainda que as experiências vividas na primeira infância possam resultar em traumas ou em associações afetivas que duram pelo resto da vida, ninguém é capaz de identificar lembranças de quando era bebê.
De acordo com André Frazão, coordenador do laboratório de cognição do Instituto de Biociências da USP, existem diversas causas para o esquecimento dos primeiros anos. O fenômeno chamado de amnésia infantil se deve, principalmente, às constantes mudanças estruturais que ocorrem no cérebro das crianças. Nos primeiros anos de vida, o sistema nervoso central ainda não está totalmente desenvolvido. “Nascemos com um encéfalo que tem cerca da metade do tamanho que terá no adulto, isso significa que a estrutura vai mudar, vão aparecer novas células e novas conexões neuronais”, diz Frazão.
Mas o encéfalo ainda pouco desenvolvido não significa que os conhecimentos a respeito do mundo não sejam registrados, apenas que eles são arquivados de outra forma, em outro contexto e com outras referências, transformando-se em uma informação que não podemos mais acessar quando adquirimos a linguagem e interpretamos o mundo com outros métodos. Mas as memórias dos primeiros meses continuam nos influenciando inconscientemente na vida adulta. “Por exemplo, o dia que a sua mãe lhe deu um cachorro com um ano de idade e você amou: aquele evento você não consegue identificar, mas as consequências afetivas de criar um vínculo com o cachorro são importantes nos próximos vínculos que você cria na vida”, explica o especialista.
Frazão ainda ressalta que a amnésia infantil se refere à memória declarativa, a memória que utilizamos para relatar eventos ou para “reviver” situações. Mas aprendizados como andar e falar são outro tipo de memória, que não se perde com a idade. E mesmo eventos não identificáveis pontualmente transformam a criança, já que “a construção da vida é uma linha”, na qual os primeiros acontecimentos têm relação com os posteriores, diz o pesquisador.

7 Dicas Para Evitar O Mal De Alzheimer

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Médicos dos EUA publicaram uma lista de 7 medidas que podem evitar milhões de casos do Mal de Alzheimer.
A importância
De acordo com as pesquisas dos cientistas da UCLA (Universidade da Califórnia),metade dos casos da doença no mundo se deve à ausência dessas medidas e seria suficiente uma redução de 25% nos sete fatores de risco para evitar até 3 milhões de casos.Os detalhes dos estudos foram divulgados pela revista científica The Lancet e apresentados na Conferência Internacional da Associação de Alzheimer, em Paris.
Causas
          As causas do mal de Alzheimer ainda não são completamente conhecidas, mas os estudos provaram que diversos fatores estão ligados à doença, inclusive genéticos, de idade e de estilo de vida. Pesquisas mostraram que vários fatores de risco podem ser alterados para evitar a doença, como doenças cardiovasculares, atividades físicas, exercícios mentais e dieta apropriada. No entanto, até agora, não estava definido até que ponto alguém poderia evitar o Alzheimer alterando algum destes fatores. Para obter esta resposta, os médicos usaram um padrão matemático  sobre os riscos do Alzheimer no mundo. Com este padrão, calcularam a porcentagem global de casos da doença que poderiam ser atribuídos a diabetes, hipertensão, obesidade, tabagismo, depressão, baixo nível de educação e falta de exercícios físicos e mentais.
As 7 dicas para evitar Alzheimer
  1. 1.    Praticar mais atividades físicas e mentais.
  1. 2.    Não fumar.
  1. 3.    Ter uma dieta saudável.
  1. 4.    Controlar a pressão arterial.
  1. 5.    Evitar o diabetes.
  1. 6.    Combater a depressão.
  1. 7.    Aumentar o nível de educação.
Os percentuais
Os fatores que causam a maior porcentagem de casos da doença são:
  • O baixo nível educacional (19%)
  • O tabagismo (14%)
  • A falta de atividade física e mental (13%)
  • A depressão (11%)
  • A hipertensão (5%)
  • A obesidade (2%)
  • O diabetes (2%).
Estes fatores contribuem para os 17,2 milhões de casos de Alzheimer no mundo, o que corresponde a 51% dos casos da doença. Os pesquisadores se surpreenderam ao descobrir que os fatores de estilo de vida, como o baixo nível educacional, a falta de atividade física e mental e o tabagismo contribuem para um número maior de casos de Alzheimer do que as doenças cardiovasculares. Isso indica que mudanças simples no estilo de vida têm uma influência muito significativa no número de casos de Alzheimer.

A “cirurgia bariátrica”

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Vamos raciocinar: para comer menos, um sujeito quer diminuir o tamanho do estômago. Aí, ele corta um pedaço do órgão, amarra com um barbante o buraco que foi feito e joga o pedaço cortado no lixo. Parece evidente que isto é uma loucura, não? Pois, em linguagem simplificada, é exatamente nisto que consiste a chamada “cirurgia bariátrica”, que milhões de pessoas, em todo mundo, estão fazendo.
Há alguns meses, foi sepultado no cemitério municipal de Criciúma, um rapaz de apenas 35 anos de idade. Não vamos citar o nome dele a pedido da família. Ele havia feito uma cirurgia de redução do estômago. Depois da cirurgia, teve alta e foi para a casa. Passado uns dias, o estômago começou a apresentar sintomas de rejeição. O rapaz voltou ao hospital e ficou em coma induzido. Durante dias permaneceu neste estado. Finalmente sofreu três paradas cardíacas e veio a falecer. Este caso trágico não foi o primeiro, nem será o último. O alerta que se faz aos leitores que estejam pensando em fazer tal cirurgia é que, no mínimo, tomem muito cuidado e pensem bem no que vão fazer.
Os riscos
Quanto maior a extensão do desvio intestinal, maior será o risco de complicações e deficiências nutricionais. Pessoas com maior alteração no processo normal de digestão necessitam de maior monitoramento e uso permanente de alimentos especiais,suplementos e medicamentos. Um risco comum são os vômitos, que ocorrem quando o estômago, agora menor, é preenchido por alimentos mal mastigados. Em cerca de 1% dos casos pode ocorrer infecção e morte.
As cirurgias deste tipo também podem levar a um risco de deficiências nutricionais, porque o alimento não passará mais pelo duodeno e jejuno, onde a maior parte do ferro e do cálcio é absorvida. Aproximadamente 30% das pessoas que são submetidas à cirurgia bariátrica desenvolvem deficiências como anemia, osteoporose e doença metabólica óssea.
Dez a vinte por cento das pessoas que se submeteram essa cirurgia necessitaram de outras operações para corrigir complicações.  Hérnia abdominal é a mais comum. Outras complicações são náuseas, fraqueza, sudorese, debilidade e diarréias após a alimentação, principalmente com a ingestão de açúcares.
Aumenta também o risco de desenvolver pedras na vesícula  devido à perda rápida de peso. Para as mulheres a gravidez deve ser evitada, até que a perda de peso se torne estável, porque o rápido emagrecimento e as deficiências nutricionais podem causardanos ao feto.
Um em cada dez pacientes pode ter complicações depois do procedimento. A bancária Neuza Maria de Almeida teve dificuldades com o anel colocado no estômago, que se soltou. Hoje, ela pesa os mesmos 110 quilos que tinha há oito anos. “É difícil porque tem a parte emocional. Tem que fazer dieta a vida inteira e fazer tratamentopsicológico”, ela alerta.

Durma-se com um barulho desses
Apesar de todos esses perigos, o número de operações cresceu 275% nos últimos 7 anos e a fila de espera no SUS é longa. Juntamente com o aumento da obesidade no Brasil, a realização de procedimentos de redução de estômago tem registrado um enorme crescimento no País, com um aumento de 275% nos últimos sete anos. De acordo com aSociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, o número de procedimentos pulou de 16 mil, em 2003, para 60 mil, em 2010.

Fracasso
Apesar do aumento da procura, o salto no número de cirurgias também é visto com cautela. Para o médico Gerson Noronha Filho, professor da UERJ, a situação reflete um “grande fracasso” no tratamento de obesos, que só deveriam ser encaminhados para cirurgia em casos extremos. “É um procedimento radical, que corta uma área brutal do estômago”, ele explica. “Essas soluções finais, únicas, desumanizam o indivíduo. As soluções não devem ser únicas, devem ser múltiplas, pensadas diante do quadro que o indivíduo apresenta.”

O alto custo de uma imprudência
A cirurgia é cara. O custo varia de R$ 10 mil a R$ 15 mil e pode chegar à faixa de R$ 15 mil a R$ 25 mil. Somando com a internação e as cirurgias plásticas que precisam ser feitas posteriormente, para reduzir a pele flácida, o valor fica entre R$ 30 mil e R$ 50 mil.

Por que estamos engordando?
Por causa das condições da vida moderna, ou, em outras palavras, por causa do “conforto” que os tempos atuais nos proporcionam. Alguém levanta pela manhã, enche o estômago com ovos, leite, pão, queijo, manteiga e açúcar, desce de elevador até a garage do prédio onde mora, entra no carro e, sentado, vai até o escritório. Chegando lá, pega outro elevador, sobe até o andar onde trabalha, senta na escrivaninha e assim fica até a hora do almoço, quando pega novamente o elevador, desce, senta no carro, vai para casa, pega o elevador, sobe, almoça carne vermelha, macarrão, arroz, batata frita, suco etc. Depois torna a pegar o elevador, senta no carro… etc. etc. etc..

Acreditamos que não é necessário dizer mais. A vida moderna tornou o ser humano indolente, estressado e doente. Nossos antepassados ficariam horrorizados com o tipo de vida que levamos neste século XXI. Eles, que subiam e desciam escadas, andavam a pé, trabalhavam na roça e desconheciam comidas industrializadas, jamais compreenderiam isso que alguns chamam de “avanço da civilização”.

Cortar um pedaço do estômago e jogar no lixo para emagrecer pareceria loucura total, aos nossos avós. E você, o que acha?