14 dezembro 2009

Minha Própria Novela Romântica


A caligrafia era perfeita, a carta parecia que estava toda coberta de ouro, meus olhos ficaram azuis... O sentimento era inexplicável! Não foi a carta em si que tornou aquele momento tão especial para mim, e sim a maneira como tudo aconteceu a partir de uma simples confiança em Deus. É como se eu estivesse sendo recompensada por dar a Ele o domínio em minha vida...

Imediatamente me lembrei do meu sacrifício na campanha de Israel anterior. Havia sido um anel, mas não apenas um anel de ouro, ele era o meu único anel. Meu pai tinha me dado como presente de aniversário de 15 anos. Significava muito para mim, tanto, que ele era tudo o que eu tinha para sacrificar. Eu não trabalhava, eu não tinha nenhum dinheiro, eu não tinha nada de valor.

Após colocá-lo dentro do envelope, me senti orgulhosa da minha fé de certa forma, como se eu tivesse finalmente feito algo com ela em todos esses anos. Eu pedi a Deus por uma coisa naquele envelope, eu queria me casar com o meu primeiro namorado, o qual viesse Dele (e de ninguém mais).

Eu era a filha do bispo, todos queriam arranjar alguém para mim... Aos olhos deles, eu estava disponível. Aos meus olhos, eu não estava. Eu queria que Deus me preparasse alguém porque eu sabia que Ele escolheria alguém perfeito para mim. Ele sabia das minhas expectativas e assim, não seria nada mais, nada menos do que elas!

Quando Renato, do nada, me escreveu aquela carta de amor, sem nem ao menos ter me conhecido ou falado comigo, foi como se Deus tivesse escrito o romance perfeito para mim. Eu não conseguia parar de sorrir... e tenho a sensação de que Deus também não.
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