24 junho 2014

Após especulações, Crivella volta a afirmar que mantém candidatura própria ao governo do Rio

Senador do PRB define quadro eleitoral fluminense de ‘lamentável’

Marcelo Crivella confirma sua candidatura própria ao governo do Rio - Givaldo Barbosa / Agência O Globo
RIO — Após passar o dia em reuniões com políticos, colaboradores e assessores que compõem seu grupo de plano de governo, o senador Marcelo Crivella (PRB) ratificou, no final da tarde desta terça-feira, sua candidatura própria ao governo fluminense. O esclarecimento acontece após rumores de que o candidato estaria sendo pressionado pelo PT para fechar chapa com Lindbergh Farias, outro aspirante ao Palácio da Guanabara. No caso, Crivella sairia a vice-governador do petista.

Em nota divulgada em seu site e nas redes sociais, o bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus afirmou que, diante do “lamentável quadro pré-eleitoral do Rio, nenhum homem público com o mínimo de responsabilidade pode se furtar do dever de tentar construir um Rio de Janeiro melhor”.

Até a convenção estadual do PRB, que será realizado no próximo domingo, o ex-ministro terá agenda com dirigentes dos partidos PEN, PROS, Pátria Livre e PRTB. Entre os que passaram a terça com o senador, estavam José Carlos de Assis, economista que compõe a equipe responsável pela elaboração do programa de governo de Crivella, e o vice-presidente do PRB estadual, vereador João Mendes.

Antes de Crivella validar a candidatura ao governo do Rio, o ex-presidente Lula tentou convencê-lo a compor aliança com o senador petista Lindbergh Farias, que, no entanto, foi pego de surpresa com a articulação comandada pelo seu principal avalista. O parlamentar trabalha com a possibilidade de ter o apoio de Crivella apenas no segundo turno das eleições de outubro.

Na avaliação da coordenação de campanha do petista, Crivella não tem boa aceitação entre os eleitores da classe média, camada em que Lindbergh espera crescer nas próximas pesquisas. Para os petistas, a presença de Crivella, neste momento, também atrapalharia a intenção de Lindbergh de criar uma “frente popular com partidos de esquerda” no primeiro turno.

Ao longo da semana, o presidente estadual do PMDB, Jorge Picciani, manteve conversas com Crivella, por meio de interlocutores, para que ele e Pezão caminhassem juntos contra o líder nas pesquisas, o ex-governador Anthony Garotinho (PR). Em troca, teriam sido oferecidos dois dos 17 partidos hoje coligados com Pezão: Solidariedade e PSC, para sua candidatura no primeiro turno. A negociação, no entanto, não foi para frente.

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