Veja a íntegra dos depoimentos no Estadão
Depoimento dado pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa ao juiz da 13ª Vara Federal em Curitiba Sérgio Moro deu detalhes de como funcionava a divisão do dinheiro. Ele afirmou que diretorias de gás e energia, produção e serviços “eram do PT”. Segundo o ex-servidor, também eram beneficiados com dinheiro dos contratos o PMDB e o PP.
Ao detalhar o esquema, Costa disse que, no caso do PP, a maior parte do 1% que o partido recebia dos contratos ia para os caixas pepistas. Outros 20% eram para despesas e 20% eram repassados para o então diretor de Abastecimento e para o doleiro Alberto Youssef.
O depoimento de Costa ocorreu dentro de um processo de delação premiada consequência da Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Sua colaboração já foi homologada pelo juiz Sérgio Moro e pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki. A investigação apontou para a existência de um esquema de desvio de dinheiro da Petrobras responsável por movimentar R$ 10 bilhões.
Pressão
De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, integrantes da base aliada trancaram a pauta do Congresso por três meses durante o governo do ex-presidente Lula para pressionar pela nomeação de Paulo Roberto Costa na diretoria de Abastecimento. A tática só se encerrou quando o Palácio do Planalto finalmente indicou o servidor para o cargo.
Em outro depoimento, também dado a Sérgio Moro, Youssef afirmou que eram feitas reuniões em casas de políticos para definir a divisão de verbas destinadas a irrigar campanhas eleitorais em 2010. No vídeo divulgado pelo jornal, o doleiro relata a pressão feita para nomear Costa na diretoria de Abastecimento.
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