20 outubro 2014

Deputado do PRB quer proibir divulgação de pesquisas a menos de 20 dias das eleições

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Deputado do Tocantins aponta erros grosseiros dos institutos no seu estado

O duro discurso do deputado federal César Halum (PRB/TO) contra a publicação de pesquisas eleitorais “contaminadas” e que influenciaram de forma negativa os eleitores do Tocantins deve reverberar em todo o Brasil. Sua iniciativa de apresentar um Projeto de Lei Complementar para barrar divulgação de pesquisas a menos de 20 dias antes da eleição pode garantir menor interferência na decisão do eleitor.

Halum discursou na última quarta-feira (15), em Brasília. Logo após o fim do primeiro turno, institutos como Ibope e Datafolha foram questionados por erros em todo o país, inclusive na disputa presidencial. No Rio de Janeiro, por exemplo, onde o PRB conseguiu chegar ao segundo turno com Marcelo Crivella, ambos os órgãos davam como certa a ida de Antony Garotinho (PR) no lugar do republicano. A diferença foi gritante: 10%.

Líder do PRB concorda com iniciativa

Líder do PRB concorda com iniciativa

Segundo o deputado, o processo eleitoral deste ano foi o mais penoso para os políticos. De acordo com o parlamentar, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) buscou multar qualquer indício de irregularidade por parte dos candidatos, mas não penalizou os institutos de pesquisas que, a seu ver, tentaram induzir os eleitores. Não há registro histórico de qualquer punição nesse sentido.

“O Tribunal Superior Eleitoral penaliza todos os políticos que erram no processo eleitoral. E essas empresas de pesquisas eleitorais, não tem nenhuma punição para elas? Elas induzem o eleitor ao voto, invertendo resultados, e fica por isso mesmo?”, questionou o parlamentar. Se conseguir aprovar seu projeto, as pesquisas poderão ser divulgadas até 20 dias antes do dia da eleição, o que, em tese, tenderia a influenciar menos na decisão do eleitor.

Para o presidente nacional do PRB, Marcos Pereira, esse assunto precisa ser debatido e apoia a iniciativa de Halum. “Temos visto erros em todas as esferas, em várias partes do Brasil. Para tudo há regras, e a divulgação de pesquisas também precisa ter”, reforça. “As pesquisas foram uma catástrofe no Brasil inteiro”, enfatizou Crivella durante coletiva após a confirmação de sua presença no segundo turno.

Crivella diz que pesquisas foram "catastróficas"

Crivella diz que pesquisas foram “catastróficas”

O deputado do Tocantins pontuou a disparidade dos percentuais divulgados com os obtidos nas urnas. “Posso dizer com convicção, que na disputa pelo Senado, o Eduardo Gomes (SD) perdeu o mandato para o Ibope, e não para a Kátia Abreu (PMDB). Às vésperas da eleição, divulgaram a diferença de 24%, no final foi de 0,87%. Para o governo as pesquisas mostravam que perderíamos por 17% e nas urnas veio somente 6,58%. No mínimo tem algo errado, por isso, é preciso transformar essa prática em crime eleitoral”, assevera Halum, citando que não é a primeira vez que o IBOPE comete esse tipo de erro no Tocantins.

“É preciso uma intervenção da Lei ou ficaremos a mercê destas pesquisas mentirosas. Dei o exemplo do Ibope, mas são várias as empresas que se prestam a esse tipo de serviço”, completa Halum.

Diego Polachini – Comunicação – Presidência Nacional

Com informações de Jamile Reis – Agência PRB Nacional

Fonte: Ascom do deputado César Halum e Agência Câmara

Foto: Douglas Gomes


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